quinta-feira, 19 de maio de 2011

Comemoração dos 103 Anos de Canonização de São Clemente Maria

São Clemente Maria Hofbauer (Tasswitz, Morávia, 26 de dezembro de 1751  Viena, 15 de março de 1820 conhecido também pelo seu nome moraviano de John Dvorák, foi um eremita, religioso e santo canonizado pela Igreja Católica.
Teve destacada atuação contra o estabelecimento de uma Igreja Nacional Germânica e contra o Josephinismo que queria o controle secular do Clero e da Igreja. É considerado o segundo fundador da Congregação do Santíssimo Redentor.
Hofbauer nasceu na festa de Santo Estevão era o nono dos doze filhos de Maria e Paulo Hofbauer. Foi batizado no dia seguinte, foi-lhe dado o nome de Hansl, ou John, pelo qual foi conhecido por mais de vinte anos até ingressar no eremitério e tomar o nome de Clemente.
Veio de uma família pobre, tinha poucas chances de ir para um seminário ou de ingressar numa ordem religiosa. Desde cedo começou a estudar latim o que fez até os 14 anos de idade. Impossibilitado de continuar estudando para o sacerdócio, dedicou-se a aprender uma profissão. Foi enviado para aprender a profissão de padeiro numa padaria em 1767. Em 1770 foi trabalhar numa padaria de um mosteiro Premonstratense, o mosteiro dos Monges Brancos em "Kloster Bruck". Nessa época os efeitos da guerra e a fome eram sentidos e muitos desabrigados procuraram o mosteiro por ajuda. Hofbauer trabalhou dia e noite para socorrer a gente pobre que batia à sua porta.
Foi beatificado pelo Papa Leão XIII em 29 de janeiro de 1888 e canonizado em 20 de maio de 1909 pelo Papa Pio X. É considerado padroeiro de Viena, por decisão do Papa Pio X, em 1914. Sua festa litúrgica é celebrada no dia 15 de março.
Amanhã dia 20 de maio de 2011 celebramos os 103 anos de canonização deste santo tão querido. Agradeçamos a Deus por tê-lo como nosso padroeiro que sempre intercede a Deus por cada um de nós devotos seus.

domingo, 8 de maio de 2011

O legado de J.P.II: o resgate da religião

30/04/2011
por Leonardo Boff
Nota: alguns grupos católicos de linha mais conservadora me fizeram pesadas criticas em razão da beatificação de JP II.


No dia 4/11/2005 por ocasião de sua morte escrevi o artigo que reproduzo como esclarecimento de minha posição como teólogo: LB


João Paulo II foi um homem de profunda fé. Creu em tudo o que perfaz a galáxia eclesial, dede a água benta, as relíquias, os santos, os lugares sagrados até a SS. Trindade.
A metafísica católica (a forma como os católicos entendem e organizam o mundo) é assumida em sua inteireza sem nenhuma restrição. Ele creu e assumiu aquilo que a Igreja diz que é sua função como Papa, descrita na primeira página do Annuario Pontificio:” bispo de Roma, vigário de Jesus Cristo, sucessor do príncipe dos Apóstolos, sumo pontífice da Igreja universal, patriarca do Ocidente, primaz da Itália, arcebispo metropolita da Província romana, soberano do Estado da Cidade do Vaticano e servo dos servos de Deus”.
O Papa subjetivamente incorporou este seu múnus. E o fêz com absoluta convicção e inteireza. Ajudou-o o carisma que recebeu de Deus: a sedução de sua figura imponente, atlética e irradiante. Ajudou-o o fato de ter sido ator e que, naturalmente e com “grazie” sabia produzir uma irresistível dramatização mediática com o gesto impactante e a palavra exata. E tudo isso a serviço da causa da religião. Há nele uma fortíssima condensação do religioso, do espiritual e do místico que transparece no rosto que ora se transfigura, ora se fecha em contemplação e ora se contorce em dor. Empunhava a cruz com solenidade e força com quem empunha uma lança de cavaleiro conquistador.
O importante não é a avalanche de documentos de toda ordem que deixou, ultrapassando mais de cem mil páginas. O grande discurso é sua figura. O que permanecerá na história é sua imagem carismática, ao mesmo tempo vigorosa e terna e profundamente religiosa. Qual é o seu legado? Ele mesmo. Qual o conteúdo deste legado: a religião.
O legado: ele mesmo como uma figura carismática que veio preencher um vazio sentido no mundo inteiro. Há uma orfandade de líderes carismáticos. Os que existem ou são belicosos ou burocratas do poder. Não há um Gandhi, um Luther King, um Che Guevara ou uma Madre Teresa. As massas sentem a carência de um Edipo benfazejo, de um pai com características de mãe, do qual derivam inspiração e direção para o futuro. João Paulo II apontou um caminho.
O conteúdo: o resgate da religião para a publicidade do mundo, como força de galvaniza massas e como poder político, decisivo na derrocada do regime soviético. Contra a tendência secularizante da modernidade que tornara a religião politicamente invisível, João Paulo II mostrou que ela parte essencial da realidade e que pode produzir paz ou guerras.
Podemos discutir a orientação que deu à religião, numa linha conservadora, doutrinariamente fixista e moralmente rígida. Mas não podemos negar a relevância do elemento religioso e místico na configuração da nova humanidade.
Não obstante todos estes valores positivos, um cristão crítico não deixa de se perguntar: esse Pontificado nos chamou para a essência do legado de Jesus que nos disse: “vos sois todos irmãos e irmãs, não chameis a ninguém de pai na Terra porque um só é vosso Pai, aquele que está nos céus; não vos façais chamar de mestres, porque um só é vosso Mestre, o Cristo”? Os verdadeiros adoradores não se encontram no grande espetáculo mediático mas quando “adoram o Pai em espírito e verdade”.Aqui outros são os critérios de avaliação.

sábado, 7 de maio de 2011

Jim Caviezel: Ser Jesus no filme A Paixão "arruinou minha carreira", mas não me arrependo

WASHINGTON DC, 05 Mai. 11 / 01:45 pm (ACI)

O ator norte-americano Jim Caviezel explicou que ter interpretado Jesus no filme A Paixão de Cristo "arruinou" sua carreira mas esclareceu que não se arrepende de tê-lo feito.
Em declarações ao Daily Mail, Caviezel de 42 anos explica como logo depois de ter interpretado o papel de Cristo no filme –em cuja filmagem foi atingido por um raio e deslocou um ombro em uma cena da crucificação– as portas de Hollywood foram fechando-se uma atrás da outra para ele. "Fui rechaçado por muitos em minha própria indústria", indicou.
Ante um grupo de fiéis em uma igreja em Orlando, Flórida, onde chegou para promover um livro em áudio da Bíblia, Caviezel -que se declara católico- comentou que era consciente de que isto podia acontecer e não se arrepende de ter atuado como Cristo. Mel Gibson, o diretor da obra, também o advertiu das conseqüências negativas para sua carreira se aceitava o papel.

"Disse-me: ´Você nunca voltará a trabalhar nesta cidade (Hollywood) e eu respondi: ‘Todos temos que abraçar nossas cruzes’. Jesus é tão polêmico hoje como sempre foi. As coisas não mudaram muito em dois mil anos", disse.

Caviezel, quem atuou em filmes como O Conde de Montecristo, Olhar de Anjo, e Além da Linha Vermelha era considerado antes da Paixão de Cristo como uma estrela ascendente em Hollywood, mas tudo mudou a partir da produção de 2004 que foi atacada ferozmente pelos meios seculares e pela poderosa Liga Antidifamatória Judia nos Estados Unidos que a considerou anti-semita.

Sobre Mel Gibson, Jim Caviezel comenta que "é um pecador horrível, não?, entretanto ele não necessita nosso juízo mas as nossas orações".

O ator afirmou também que sua fé o guia no âmbito pessoal e profissional. Por isso, não acredita que tenha sido uma coincidência que "aos 33 anos pedissem interpretar o papel de Jesus" e brincou sobre o fato de que seus iniciais (JC) fossem as mesmas que as de Jesus Cristo.

Em março de 2004, Jim Caviezel foi recebido pelo Papa João Paulo II com quem conversou durante uns dez minutos acompanhado por sua esposa e seus sogros. Esse mesmo mês, o ator concedeu uma interessante entrevista à agência ACI Prensa na que detalhou como o fato de ter interpretado Jesus transformou sua vida e fortaleceu muito sua fé.

Naquela ocasião disse: "esta experiência me jogou nos braços de Deus".